*CAOS PLANETÁRIO (CHAOS MONDE)
O autor atribui um valor positivo ao sentido de caos ao retirar dele a conotação de incomunicabilidade e ligá-lo a existência do caos planetário como consequência do imprevisível, sendo portanto, o resultado do encontro com o diferente, aquilo que acontece quando distintas línguas, culturas, etnias, religiões e etc se deparam.
*CRIOULIDADE
Este termo, para Glissant, assume especificidade, consiste em algo que se estabiliza em um lugar ou momento determinado, definindo apenas o que se passa ali, trata-se de uma conceituação que parte de um discurso etnocêntrico que tem em vista o resgate de valores de um povo específico, que agência uma história específica.
Ele termina por enfatizar a necessidade de enraizamento histórico e cultural das sociedades crioulas ao referenciar uma identidade de raiz única, muito embora reconheça em um mesmo espaço a possibilidade de convivência de processos de multiculturalidade justaposta e de mecanismos de transculturalidade nos quais construções culturais modificam-se e afetam-se,
*CRIOULIZAÇÃO
Este termo parte da análise da modernidade em crise, da hesitação a tolerância multiétnica. Ao evoluir este termo, o autor aplica a ele uma totalidade planetária, e realiza a construção de culturas heterogêneas complexas postas em relação, movem as fronteiras culturais e geram o caos planetário.
Este conceito principia que o ser humano não é uma entidade absoluta, mas um ser movendo que produz identidades inclusivas, fundamenta-se na Inter valorização de elementos heterogêneos postos em contato com aceitabilidade a diversidade, proliferando uma estratégia de liberação cultural e política. Ele é a expressão de um ideário político, cultural e identitário.
Este seria a reconstituição cultural feita por meio do rastreamento de memórias diversas que sobreviveram a degradação ao alcançar a diversidade de pensamento e terminar por universalizar as lembranças. É portanto voltar o olhar para o que não está escrito nos documentos e divulgar a oralidade de um povo carregada de história e silenciamentos.
*TOTALIDADE PLANETÁRIA (TOUT MONDE)
Este é um termo, que para o autor, evidencia a complexidade do mundo atual que vive “sistemas erráticos de relações”, e propõe uma convivência de contatos que não diluem as identidades diversas mas que que se solidarizam e se valorizam.
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